PM afasta policial após tentativa de sexo com criança, em Sousa

O policial militar afastado nesta quarta-feira (30) após supostamente pedir por meio de uma rede social que a namorada o ajudasse a fazer sexo com duas filhas dela, de 4 e 14 anos, confessou que houve o pedido, mas afirmou que a intenção não era o ato sexual.
Segundo a defesa do PM, era tudo uma "estratégia" para terminar o relacionamento com a mãe das crianças. O caso aconteceu na cidade de Sousa, no Sertão paraibano.
"Realmente aconteceu a situação da conversa, que chegou a vazar. Mas ele em momento algum tinha a intenção de manter relação sexual com as menores. Ele falou aquilo, pois foi a única maneira que ele encontrou para encerrar o namoro", disse o advogado Rijalma Júnior.
"Mas ele está arrependido e disse que se soubesse que teria esse repercussão toda, teria encerrado o relacionamento de outra maneira”, afirmou.
Investigação
Segundo a delegada Yvna Cordeiro, da Delegacia da Mulher de Sousa, tanto o suspeito, quanto um das menores, já foram ouvidos no caso.
A polícia agora está concluindo o inquérito. Ela disse ainda que o policial já foi liberado e vai aguardar o fim das investigações em liberdade.
“Nós acabamos de ouvir o suspeito e também já ouvimos uma das menores. Ainda iremos solicitar a oitiva especial da menor mais jovem. E até o fim da semana também ouviremos a mãe das crianças, que ainda não temos informações de onde ela esteja”, afirmou a delegada.
Segundo a conselheira tutelar Ivaneide Mariz, a mãe das crianças não foi localizada desde que as mensagens foram divulgadas. Segundo Ivaneide, o conselho tutelar já prestou toda a assistência necessária para as crianças e que já entregou o caso à polícia
“Nós demos todos o apoio possível para as meninas, inclusive com apoio psicológico. A informação que temos é que as meninas estão com algumas tias, já que a mãe fugiu desde o ocorrido", disse a conselheira tutelar. "As meninas irão depois morar com o pai, que mora em um outro lugar. Mas não temos mais detalhes, pois já entregamos tudo para a polícia e agora a investigação é com eles”, afirmou.
Entenda o caso
O policial, que é do 14º batalhão da Polícia Militar, teria enviado mensagens para uma namorada pedindo para que ela o ajude a fazer sexo com duas filhas dela, de 4 e 14 anos. Nas mensagens, o homem pede que a mulher dope as meninas para que ele pudesse ter relações sexuais com elas.
Na troca de mensagens, o homem pede que a mulher realize um desejo dele. "Vc (sic) terá a chance de me dar a maior prova de amor do mundo... Q (sic) é a sua própria filha", diz uma das mensagens. Em seguida, ele diz que comprou os remédios e que vai na casa da namorada entregá-los.
Segundo a conversa sugere, os medicamentos fariam com que a menina dormisse e tudo poderia ser feito sem que ela acordasse. "Eu ia acabar com de vez com essa obcessão (sic)", escreveu.
Na resposta, a mulher reage e fala que faz tudo o que ele quiser, menos dar a virgindade de uma das filhas e pede para que ele pense melhor. Ela ainda diz que não iria se perdoar por isso e que não acredita que o relacionamento tenha chegado a este ponto. G1 PB