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Ministério da Saúde assina contrato de compra de doses da CoronaVac




O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na tarde desta quinta-feira que assinou nesta quinta-feira um acordo com o Instituto Butantan para a compra de totalidade da produção da CoronaVac, que será usada em todo o SUS. Conforme ele, na melhor hipótese, a vacinação inicia no Brasil em 20 de janeiro.


“Toda a produção do Butantan, todas as vacinas que estão no Butantan, serão a partir deste momento do contrato, incorporadas ao Plano Nacional de Imunização. Serão distribuídas de forma equitativa e proporcional a todos os estados, como cada uma das vacinas da AstraZeneca”, disse.


Segundo Pazuello, o Butantan se comprometeu a entregar 46 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 até abril. Outros 56 milhões serão disponibilizados no restante do ano, totalizando 100 milhões de doses, que é a capacidade total da fábrica. Cada dose, de acordo com o ministro, será adquirida por US$ 3,75.


O contrato só foi possível após uma medida provisória editada ontem pelo governo, acrescentou o ministro. “Eu só podia fechar o contrato e empenhar com a MP que dá essa autorização. Se não eu tinha que esperar ficar pronta e registrada, incluir no SUS e depois pagar. São as leis do nosso país.”


Assim que a vacinação começar, as doses “serão distribuídas de forma equitativa e proporcional” entre estados e municípios. Conforme ele, a parte logística, incluindo transpor por meio de aviões e até jipes, já está acertado. “Oferecemos vacina grátis e voluntária, no que depender do Ministério da Saúde e da Persidência da República, para todos os brasileiros”, afirmou.



AstraZeneca era a melhor opção à época, diz ministro

Pazuello defendeu a negociação com a AstraZeneca, por meio da Fiocruz, para a produção local da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Na avaliação dele, era a “melhor vacina à época e melhor negócio à época”.


Na ocasião, o governo investiu R$ 1,9 bilhão no negócio, sendo R$ 600 milhões nos investimentos necessários para produção na planta da Fiocruz em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, e o restante para transferência de tecnologia e aquisição de 100,4 milhões de doses já prontas no primeiro semestre.


“Com a tecnologia incorporada até julho de 2021, nós passamos a produzir 20 milhões de doses por mês de vacinas totalmente brasileiras, com o IFA [ingrediente farmacêutico ativo] brasileiro. Isso vai permitir que o Brasil seja autossuficiente”, acrescentou o chefe da pasta.


Para o ministro, não há alternativa para atender a todo o Brasil que não seja a produção local da Fiocruz e do Butantan. A importação de imunizantes da Pfizer/BioNTech, Moderna e Janssen tem sido negociada pelo Ministério da Saúde, mas os quantitativos são insuficientes para cobrir a demanda de uma grande cidade brasileira, segundo ele. "Ou fabrica no Brasil, ou não tem vacina."


A Janssen, apontada por Pazuello, como "a melhor negociação", por ser em dose única e ter um preço considerado bom pelo governo, poderia oferecer apenas 3 milhões de doses. A Pfizer, criticada pelo ministro por querer concessões demasiadas, poderia fornecer 8 milhões de doses no primeiro semestre. Já a Moderna, poderia entregar os primeiros lotes somente a partir de outubro, a um preço de US$ 37 a dose (R$ 400 para o esquema de duas doses).



R7 e Correio do Povo


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